Regis College, dos Estados Unidos, chega à Bolívia para explorar o modelo educacional da Unifranz

Por Paula Beatriz Cahuasa

Imagen Unifranz

A mobilidade estudantil e a colaboração entre universidades de diferentes países estão consolidadas como ferramentas fundamentais para a formação de profissionais de saúde com visão global. Nesse contexto, estudantes do Regis College (EUA) visitaram a Bolívia para conhecer seu sistema de saúde e fortalecer suas competências acadêmicas e interculturais por meio de uma aliança interinstitucional com a Universidad Franz Tamayo, Unifranz.

A parceria entre as duas instituições é baseada na cooperação acadêmica internacional que inclui programas de intercâmbio, pesquisa conjunta e desenvolvimento de competências globais. Esses vínculos permitem que os alunos adquiram ferramentas que vão além da sala de aula e do laboratório.

Essas parcerias, que fazem parte da internacionalização do ensino superior, tornaram-se um pilar estratégico para a formação de profissionais com uma visão holística do mundo.

No campo das ciências da saúde, os intercâmbios acadêmicos permitem que os alunos aprendam sobre diferentes realidades clínicas, desenvolvam competências interculturais e ampliem sua compreensão do atendimento ao paciente. Um exemplo claro é a recente visita de alunos do Regis College (EUA) à Bolívia, onde viveram uma experiência imersiva em instituições acadêmicas e de saúde, no âmbito de uma aliança com a Universidade Franz Tamayo, Unifranz.

“O principal objetivo da visita foi fortalecer os laços acadêmicos e culturais por meio de um intercâmbio que permitiu que os alunos aprendessem sobre o sistema de saúde boliviano e compartilhassem experiências no campo da formação em ciências da saúde”, disse Patricia Avilés, diretora do programa de enfermagem da Unifranz.

Durante sua estada, os alunos do Regis College participaram de várias atividades acadêmicas e clínicas destinadas a promover o aprendizado prático. As principais experiências incluíram discussões com professores e alunos da Unifranz, visitas guiadas a laboratórios de última geração e sessões de simulação clínica.

Um dos dias mais significativos foi a visita à Clínica Foianini, onde os jovens americanos puderam observar em primeira mão a prática da enfermagem em diferentes serviços, analisar protocolos de atendimento e comparar métodos de atendimento ao paciente entre os dois países.

Avilés destacou o valor formativo desses espaços. «O encontro permitiu que os alunos desenvolvessem uma compreensão intercultural mais profunda, apreciassem diferentes perspectivas sobre a assistência médica e comparassem abordagens acadêmicas e clínicas entre os dois países. Esse tipo de experiência fortalece a abordagem da educação em saúde com uma perspectiva global.

Durante a visita à Unifranz, os alunos também conheceram os avanços tecnológicos da universidade na área médica, como a mesa anatômica digital, os visualizadores de realidade aumentada (RA) e o uso de inteligência artificial (IA) em ambientes clínicos simulados. A infraestrutura e os recursos de ensino surpreenderam muitos dos visitantes.

“A faculdade realmente impressionou a todos, inclusive a mim, com a tecnologia avançada que eles têm para o ensino e a prática com pacientes”, disse a estudante Mary Ann, da Regis College. A estudante acrescentou que o nível de conhecimento da equipe de ensino e clínica era excepcional e que todas as suas dúvidas foram respondidas de forma clara e completa.

O dia também permitiu que os alunos interagissem com os pacientes, aprendessem sobre a dinâmica de um pronto-socorro e observassem o atendimento na unidade de terapia intensiva (UTI), o que enriqueceu sua compreensão dos processos clínicos e do contexto local de saúde.

«Definitivamente, acho que não tenho palavras para expressar o que eu realmente gostaria de dizer. Estou completamente maravilhada», acrescentou Mary Ann.

A experiência foi igualmente significativa para Megan E. Gibbons, diretora do Center for Global Connections do Regis College, que acompanhou o grupo durante sua estada na Bolívia.

“A oportunidade de ir à Bolívia, conhecer mais sobre a cultura e aprender um pouco sobre o sistema de saúde pública para nossos alunos é uma experiência única e inesquecível”, disse ela.

De acordo com Gibbons, esse tipo de iniciativa não apenas oferece aos alunos uma perspectiva comparativa entre os sistemas, mas também impulsiona seu desenvolvimento profissional e intercultural. «Eles serão melhores profissionais porque tiveram essa experiência cultural e poderão cuidar de seus futuros pacientes de uma maneira melhor.

Essas atividades fazem parte de uma aliança internacional entre a Unifranz e o Regis College, focada na cooperação acadêmica, na pesquisa conjunta e no desenvolvimento de competências globais. Graças a esse tipo de convênio, os estudantes bolivianos também têm a oportunidade de participar de intercâmbios e se preparar para atuar em cenários internacionais.

O Regis College é uma instituição de ensino superior localizada em Weston, Massachusetts. Fundada em 1927 pelas Irmãs de São José de Boston, essa universidade particular se caracteriza por oferecer uma educação acadêmica abrangente com ênfase em valores humanísticos e serviços comunitários. Com uma forte presença nas áreas de ciências da saúde, enfermagem, educação e negócios, a Regis College estabeleceu sua reputação como uma universidade comprometida com o desenvolvimento profissional e ético de seus alunos.

A visita à Bolívia faz parte do interesse do Regis College em oferecer à sua comunidade acadêmica experiências internacionais que fortaleçam seu perfil profissional. Ao colaborar com instituições como a Unifranz, busca ampliar os horizontes educacionais de seus alunos, permitindo que eles enfrentem contextos diferentes dos seus e promovam uma educação verdadeiramente global.

Esse acordo estabelece a possibilidade de experiências de internacionalização curtas, com duração de uma semana, nas quais os alunos podem visitar os campi das universidades para conhecer os modelos educacionais de cada uma.

Em um mundo cada vez mais interconectado, a educação em saúde não pode mais se limitar às fronteiras nacionais. Iniciativas como a liderada pelo Regis College e pela Unifranz demonstram que o conhecimento, a empatia e a vocação para o serviço não conhecem fronteiras geográficas e que a cooperação entre países pode ser uma ferramenta poderosa para treinar os profissionais de amanhã.

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Paula Beatriz Cahuasa

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