Unifranz Cria Observatório Nacional Do Trabalho Com Forte Apoio Do Setor Empresarial Do País

Unifranz Cria Observatório Nacional Do Trabalho Com Forte Apoio Do Setor Empresarial Do País

Nesta quinta-feira, a Universidade Franz Tamayo, Unifranz, apresentou oficialmente o Observatório Nacional do Trabalho, ONT, que tem como objetivo fornecer informações objetivas para melhorar a eficiência das organizações e o bem-estar das equipes de trabalho.

A iniciativa da Unifranz tem o apoio do setor empresarial do país por meio da Câmara Nacional de Indústrias (CNI), da Câmara Nacional de Comércio (CNC), da Confederação de Empresários da Bolívia (CEPB), da Federação de Empresários Privados de La Paz (FEPLP), entre outras instituições públicas e privadas, que anunciaram seu forte apoio ao projeto que busca gerar informações relevantes que possam ser usadas para a tomada de decisões e a projeção de políticas públicas nacionais no campo do emprego formal na Bolívia.

“A criação do Observatório é um compromisso desta Casa de Educação Superior com a Bolívia, dado seu enorme potencial e papel estratégico na região”, porque chegou a hora de sermos mais produtivos e estratégicos, com base na formação de talentos humanos disruptivos e transformadores, disse Verónica Ágreda Arq. DESA, Reitora Nacional da Unifranz, na cerimônia de abertura.

O que o futuro reserva para os bolivianos? Aqui está um exemplo. Em aproximadamente 15 anos, prevê-se que 60% das crianças que ingressaram na escola primária terão um emprego que ainda não existe; 45% dos empregos atuais serão substituídos por novas tecnologias; 75% dos empregos do futuro estarão ligados à ciência e à tecnologia. Para Agreda, os dados desafiam a sociedade atual a fornecer informações que melhorarão as condições para garantir um futuro melhor para as novas gerações.

“O futuro cada vez mais inovador exige dos cidadãos habilidades sociais para a vida. Hoje, as instituições têm a obrigação de guardar informações para as novas gerações, gerar e encontrar onde há talento ou aproximar as empresas para que encontrem esse talento nos jovens e futuros profissionais”, disse o Reitor.

Acesso a informações relevantes

Hugo Siles Espada, assessor econômico da Câmara Nacional de Indústrias, enfatizou a necessidade de gerar dados para a formulação de políticas públicas e privadas no setor produtivo e em todos os níveis, razão pela qual ele saudou, em nome do setor empresarial, o nascimento do Observatório Nacional do Trabalho, como uma contribuição da acadêmia.

“Não há dados relevantes e atualizados, particularmente gerados – inclusive do setor privado ou de outros tipos de organizações – que nos permitam tomar decisões de gestão e de políticas públicas. Por isso, a construção de informações, a construção de dados (…) é altamente relevante”, disse ele no evento, que reuniu representantes do setor empresarial e produtivo do país, acadêmicos e formadores de opinião.

De acordo com Siles, a Unifranz está construindo uma ponte entre a academia e as empresas que gerará um vínculo poderoso entre quatro atores-chave da economia nacional: empresas, academia, cooperação internacional e o governo, que é responsável pelas políticas públicas do país.

“É uma abordagem de quatro hélices que temos que adotar, não apenas entre a empresa privada e a universidade, mas também entre dois outros atores fundamentais, como a cooperação internacional e o governo em nível nacional e subnacional (…)”, disse ele.

O representante da CNI anunciou formalmente que as câmaras departamentais de indústria de Cochabamba, Tarija, Sucre, Oruro e La Paz participarão do projeto acadêmico da Unifranz.

Uma iniciativa articulada com os protagonistas

Por sua vez, o gerente geral da Câmara Nacional de Comércio (CNC), Gustavo Jáuregui, destacou a iniciativa da Unifranz de criar o Observatório em coordenação com as principais organizações empresariais do país.

“A Unifranz demonstrou definitivamente uma dinâmica diferente que se destaca no mercado. Para nós, como administração de empresas, o fato da articulação é muito importante. A Unifranz não está trabalhando apenas como uma universidade (…), acho que ela entendeu que o trabalho e os resultados terão um impacto maior quando forem articulados e hoje conseguiu articular as principais organizações empresariais, o que é muito notável”, afirmou.

O mercado de trabalho está mudando devido a todas as circunstâncias pelas quais o mundo e o país estão passando. Nesse contexto, as relações de trabalho, o setor empresarial, as relações com o Estado também estão mudando e estão mudando as necessidades do mercado.

“A Unifranz definitivamente percebeu isso e está agindo, acho que isso é o mais importante a ser destacado”, acrescentou Jáuregui, assegurando que o CNC ajudará na coleta de informações a serem usadas na tomada de decisões no setor empresarial e, quando chegar a hora, encaminhá-las aos órgãos governamentais para “gerar políticas públicas adequadas para melhorar a competitividade do mercado de trabalho e políticas para fortalecer o emprego formal na Bolívia”.

O papel da academia na construção do conhecimento

Com relação ao acordo com o setor empresarial, Agreda garante que este é o momento ideal para passar do storytelling (contar historias) para o storydoing (fazer historia), em uma aliança estratégica entre todas as instituições envolvidas na construção de um futuro seguro.

“Queremos preparar nosso país, para que nossos filhos possam ter um bom emprego (…) ou oferecer as habilidades necessárias, porque eles serão nossos futuros presidentes, legisladores, empresários, presidentes de câmaras (…) o que eles exigem é totalmente diferente do que achamos que estamos deixando para eles”, acrescentou Agreda.

Entre os objetivos do Observatório Nacional do Trabalho está “fechar a lacuna que existe atualmente entre o meio acadêmico, as empresas, a indústria e o Estado, que se queixa constantemente de que muitos profissionais que se formam nas universidades não atendem às expectativas de desempenho adequado”, disse Pedro Saenz, diretor do ONT e vice-reitor da Unifranz em La Paz.

O primeiro estudo a ser realizado por esse órgão de pesquisa acadêmica será a identificação das competências mais utilizadas nas organizações do país, em nível estratégico e tático.

A autoridade acadêmica considera que, com base na identificação das competências, será possível ajustar os currículos do processo de formação dos alunos e futuros profissionais do sistema universitário e técnico, para que os novos profissionais entrem no mercado de trabalho com as competências adequadas e atendam à demanda das organizações públicas e privadas.

A iniciativa prevê uma lista ambiciosa de estudos a serem realizados em um futuro próximo, como um estudo sobre condições de trabalho, incluindo saúde e segurança, horas de trabalho, flexibilidade de trabalho, equipamentos de trabalho e igualdade de oportunidades. Outro estudo importante sobre o futuro do trabalho é sobre igualdade e diversidade de gênero, acesso das mulheres ao emprego, discriminação contra mulheres no trabalho e diferenças salariais entre homens e mulheres.

Os tempos digitais, a transformação do mundo do trabalho, o impacto da inteligência artificial (IA) e a automação no emprego também são tópicos vitais para entender o rumo do trabalho no país.

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