Salas De Aula Dinâmicas, Um Avanço Para A Educação Na Bolívia

Salas De Aula Dinâmicas, Um Avanço Para A Educação Na Bolívia

O atual modelo de educação por competências, que a Universidade Franz Tamayo (UNIFRANZ) implantou em 2018, busca colocar o aluno no centro do processo de aprendizagem e é uma alternativa eficiente que rompe com a prática tradicional e memorística dos anos anteriores. A gestão 2022 traz um novo marco, o desenvolvimento e inovação das salas de aula dinâmicas, que permitem a interação dos alunos com os professores de forma colaborativa, em espaços móveis e interativos para promover competências profissionais e habilidades para a vida.

As salas de aula dinâmicas são concebidas para o desenvolvimento de diferentes tipos de actividades de aprendizagem, podendo a flexibilidade ser explorada a partir de diferentes perspectivas. No âmbito da organização dos grupos, procura-se a interação “aluno-professor” e “aluno-aluno” para reforçar o trabalho colaborativo, a expressão criativa, a empatia e a interação social, a fim de promover os valores sociais.

“Temos que entender que as estruturas e os espaços também precisam ser modificados; espaços que se adaptem e gerem condições para que eles possam ser criativos, para que possam escrever nas paredes, para que se possa mudar o espaço de acordo com as suas necessidades. Então, é daí que surgem as salas de aula dinâmicas, flexíveis, salas de aula que podem ser transformadas ao longo das aulas, que não precisam de ser sempre salas de aula rígidas, com carteiras, com filas onde o único dono da verdade é o professor”, disse a reitora nacional da UNIFRANZ, a arquiteta Verónica Ágreda de Pazos.

 

A UNIFRANZ conseguiu inserir um método de ensino-aprendizagem que mantém o professor como guia e orientador, conecta a realidade com o ambiente do aluno, cria atividades com um nível de dificuldade para que o aluno inicie um processo de resolução de problemas ou desafios, e constrói a integração cognitiva.

Agreda disse que uma das características das Salas de Aula Dinâmicas é que elas podem se transformar de acordo com as necessidades de alunos e professores sem a necessidade de deslocamento para outro ambiente. A movimentação do mobiliário transforma uma aula plenária em uma aula focada na “gamificação” e é complementada pela adaptação tecnológica que envolve o uso de smart TVs, projetores e conexões eficientes de internet no processo educacional.

As diferentes disposições do exercício de aprendizagem em sala de aula, baseadas em problemas e desafios, permitem que os alunos se isolem individualmente para se concentrarem, interiorizarem e refletirem. Enquanto nas disposições em grupo, reforçam a figura do professor como guia e orientador, colocando o aluno em situações reais de trabalho colaborativo, favorecendo a interação e centrando a sua aprendizagem nos desafios.

O CEO da UNIFRANZ, Oscar Agreda, destacou a diferença entre uma aula magistral, útil em ambientes virtuais, onde existe apenas um interlocutor, representado por um ecrã, e uma sala de aula dinâmica “que são utilizadas para trabalhos corporativos, estudos de caso, debates, trabalho entre pares e dinâmicas de aprendizagem” onde a prática será o eixo central do processo.

Os estudantes da Faculdade de Economia e Ciências Empresariais, da Faculdade de Direito e Ciências Empresariais e da Faculdade de Engenharia foram os primeiros a conhecer a transformação das salas de aula tradicionais em salas de aula dinâmicas em La Paz. Micaela Tapia, estudante de Jornalismo, disse, emocionada, que “a mudança na UNIFRANZ é incrível, voltámos depois de dois anos à nossa universidade e é evidente como há um compromisso para nos tornar o eixo central do ensino”.

Os benefícios das Salas de Aula Dinâmicas são acompanhados, como é evidente, pela utilização de tecnologia de ponta para tornar a experiência de aprendizagem totalmente digital e destinada ao aluno 3.0, que desenvolverá competências para um mundo em constante transformação.

Versáteis e com tecnologia de ponta, estes são os espaços de aprendizagem. No campus de Cochabamba, estudantes como Romaneth Terán, aluna do segundo semestre de Engenharia Econômica e Financeira, expressaram a sua gratidão e admiração pelos novos ambientes: “A verdade é que sinto que a mudança foi boa, desde as secretárias, ecrãs, projectores e lousas. Sinto-me muito confortável e vir para a aula já não é stressante”.

Cada espaço foi especificamente concebido para que os professores possam planear pelo menos duas deslocações para alterar a disposição das salas de aula. Desta forma, cada sala de aula é diferente e as experiências de aprendizagem tornam o ambiente num espaço propício ao acompanhamento do desenvolvimento de talentos com tecnologia.

A UNIFRANZ é pioneira na implementação destes espaços dinâmicos de aprendizagem na Bolívia. A pandemia fez-nos valorizar a importância de “nos reunirmos” nos espaços de trabalho, demonstrando e tirando o máximo partido destes encontros através do desenvolvimento da criatividade, do pensamento crítico e da aprendizagem pela prática.

A reitora da universidade afirmou: “a pandemia expôs as falhas do modelo e da educação, porque a educação não estava se transformando, a educação não tinha o suporte tecnológico (…)”. A bifurcação entre tecnologia e educação está em processo de reencontro com a inovação constante promovida pela UNIFRANZ, desde modelos de aprendizagem disruptivos até à inovação atual, que procura continuar a transformar a educação na Bolívia, acrescentou a autoridade institucional.

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