Congresso: Unifranz analisa com IA os fatores de quatro doenças comuns na Bolívia.

Congreso: Unifranz analiza con la IA los factores de cuatro enfermedades comunes en Bolivia

No âmbito do Congresso Internacional de Inteligência Artificial aplicada à Saúde, a Universidade Privada Franz Tamayo (Unifranz), junto a especialistas e estudantes, discutiu com o uso de inteligência artificial (IA), os fatores que influenciam quatro doenças comuns na Bolívia: diabetes, insuficiência renal crônica, doenças respiratórias e hipertensão arterial. Um dos principais objetivos deste evento é incentivar a adoção desta tecnologia no sistema de saúde boliviano.

Durante o segundo dia do congresso, realizada em Cochabamba, os participantes focaram-se na aplicação prática da IA no domínio médico. Jimmy Venegas, decano acadêmico de Unifranz Cochabamba, explicou: "Na primeira fase, os 50 equipas presentes usaram de inteligência artificial para identificar quais variáveis influenciam mais as quatro patologias".

A jornada foi criada para oferecer aos participantes uma experiência prática no uso de IA aplicada à medicina. Os alunos identificaram variáveis e elementos associados a cada doença, utilizando critérios e guias médicas internacionais. "Foi crucial para que compreendessem como estas variáveis afetam o desenvolvimento e tratamento de doenças, e como IA facilita essa análise", acrescentou Venegas.

Na segunda fase, as equipes trabalharam com bases de dados reais, que continham informações de 250 doentes por patologia, o que lhes permitiu enfrentar desafios reais no manuseio e processamento de dados em saúde. "Fornecemos um volume considerável de dados para que possam fazer uma análise profunda e comparar se as suas análises iniciais foram bem sucedidos", disse Leonel.

Na terceira e última fase da oficina, os participantes executaram algoritmos e modelos matemáticos. "Pela primeira vez, os estudantes visualizaron como funcionam os códigos e algoritmos, comparando o que eles consideravam importante com as conclusões que o algoritmo gerou", explicou Venegas. Ao finalizar, alguns equipamentos apresentaram suas descobertas perante especialistas, recebendo feedback e compartilhando sua experiência.

O Congresso Internacional de Inteligência Artificial aplicada à Saúde iniciou no dia 17 de setembro, em Cochabamba, congregando especialistas em inteligência artificial e saúde da Argentina, Chile, Brasil, Estados Unidos e Bolívia. Na primeira jornada, os palestrantes abordaram temas como a modelagem preditiva de doenças, a história clínica e eletrônica e o impacto das políticas públicas baseadas em dados.

Rolando López, vice-reitor da Unifranz Cochabamba, abriu o evento destacando-se: "Hoje é um dia importante para a Bolívia e da medicina em nossa região. Iniciamos uma nova era inteligente de saúde". O principal objetivo do congresso foi discutir como a IA pode aliviar os sistemas de saúde, melhorar os diagnósticos e permitir a prevenção de doenças de forma antecipada.

Lições do Vale do Silício

Um dos momentos mais esperados da segunda jornada, foi a palestra de Andrés Gutiérrez, diretor de Design de Produto no EDEN, uma empresa com sede no Vale do Silício que trabalha em saúde para a américa Latina. Em sua apresentação, intitulada "O futuro da Saúde: Lições do Vale do Silício", Gutiérrez compartilhou sua visão sobre a evolução da saúde digital e a importância da colaboração interdisciplinar.

"Hoje, não só os médicos estão envolvidos na saúde; profissionais de diversas indústrias contribuem de forma crucial. Temos que sair de nossas bolhas e começar a crescer em comunidades mais amplas", enfatizou Gutiérrez. Ressaltou que a IA não só se refere a tecnologias avançadas como robôs e drones, também pode incluir soluções simples, com grande impacto em países em desenvolvimento, como a Bolívia.

Compromisso institucional e projeção futura

Jimmy Venegas salientou a importância da educação neste processo de transformação: "O futuro da saúde é digital, e a formação dos novos médicos deve incluir o uso da IA e as novas tecnologias, desde o primeiro dia". Além disso, anunciou a formação de uma mesa de trabalho interinstitucional para dar seguimento às propostas e projetos surgidos durante o congresso, com o objetivo de integrar a IA nos sistemas de saúde locais e nacionais.

O Congresso Internacional de IA aplicada à Saúde constituiu um marco na transformação digital do sistema de saúde boliviano. A combinação de conhecimentos teóricos, aplicação prática e colaboração interdisciplinar mostrou que é possível avançar em direção a uma medicina mais moderna e eficiente. Sandro Silva, médico graduado Unifranz, disse: "Este congresso nos tem inspirado a se aprofundar no tema. Queremos ser parte da mudança e contribuir para melhorar o atendimento de saúde na Bolívia".

O sucesso do evento foi a participação ativa de estudantes, profissionais e especialistas internacionais. Os organizadores convidaram os participantes a manter-se envolvidos e a continuar a explorar as possibilidades que oferece a IA no setor saúded.

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